Reconhecimento de Edmundo González pelo Parlamento Europeu Aumenta Pressão Internacional sobre o Regime de Maduro
- joaogabrieldantas2009
- 20 de set. de 2024
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O Parlamento Europeu reconheceu Edmundo González como o presidente eleito da Venezuela, uma decisão que pode trazer implicações importantes para o governo de Nicolás Maduro.
De acordo com o analista de assuntos internacionais Lourival Sant’Anna, "esse reconhecimento pode pavimentar o caminho para que países da União Europeia adotem sanções mais severas contra a Venezuela".
A votação no Parlamento Europeu teve 309 votos a favor, com o apoio não apenas da extrema-direita, mas também da direita conservadora e da centro-direita. Já os socialdemocratas, a esquerda e os verdes se posicionaram contra a moção.
Repercussões na Espanha
A questão provocou reações notáveis na política espanhola. O primeiro-ministro Pedro Sánchez, líder socialista de esquerda, recebeu Edmundo González em seu gabinete e concedeu asilo ao político venezuelano. Entretanto, o Partido Popular (PP), de direita, considera essas medidas inadequadas.
O PP advoga por ações mais enérgicas, como a expulsão da embaixadora venezuelana em Madri e o retorno do embaixador espanhol em Caracas.
Além disso, o partido de oposição está pressionando pelo reconhecimento oficial da vitória de González e de Maria Corina Machado como líder da oposição venezuelana.
Um dos líderes do PP, responsável pelas relações internacionais, chegou a declarar que "o governo espanhol trata a Argentina com mais rigor do que a Venezuela".
A declaração faz alusão à recente ruptura diplomática entre Espanha e Argentina, após críticas do presidente Javier Milei ao primeiro-ministro Pedro Sánchez.
O reconhecimento de Edmundo González pelo Parlamento Europeu aumenta a pressão sobre o regime de Maduro, que já enfrenta sanções internacionais e acusações de violações dos direitos humanos.
A situação na Venezuela permanece como um ponto de tensão nas relações internacionais, especialmente entre a América Latina e a Europa.
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